Por Thiago Mendes.
Imagine uma banda que mistura hard rock, soul e rhythm and blues clássico. Adicione um groove presente nos melhores funks americanos dos anos 70 e, para completar use um vocal vigoroso no melhor estilo James Brown. Isso é The Heavy!
The Heavy é uma banda inglesa que mistura tudo isso em uma salada de hard–rock–neo–soul. O resultado é uma sonoridade vigorosa que ainda incorpora elementos de jazz e samples dos mais diversos.
Há uns meses, comecei a assistir uma série de TV chamada Strike Back, produzida pelo canal Cinemax e pela Left Bank Pictures. A primeira coisa que me chamou a atenção foi a trilha de abertura dos episódios, então fui atrás para saber quem a tocava.
Descobri que a música se chamava Short Change Hero. Então, resolvi descobrir o que mais o Heavy tinha para me oferecer. Surpreendentemente, a música que me chamou atenção era mediana, se comparada com o resto do trabalho da banda.
Formada em 1998, por Kelvin Swaby (Vocais), Dan Taylor (Guitarra), Spencer Page (Baixo) and Chris Ellul (Bateria), somente em 2007 apareceu ao público com o single That Kind of Man. Logo de cara já disse à que veio: That Kind of Man é uma mistura de hard rock, soul e funk que impressiona pela qualidade.
No final deste mesmo ano, depois de assinar com a gravadora Counter Records, o Heavy lança seu primeiro álbum. Great Vengeance and Furious Fire, dá uma impressionante demonstração de qualidade sonora em todos os aspectos. Além do single That Kind of Man, que abre o álbum, as faixas vão revisitando de forma brilhante aspectos clássicos como os riffs de Hendrix (inspiração evidente em You Don’t Know, a faixa número 4) ou o baixo clássico de jazz (como em Brukpocket Lament).
Em 2009, chega o segundo álbum, The House That Dirt Built, que mantém o altíssimo padrão de qualidade da banda. Destaque para, além de Short Change Hero, Oh no! Not you again!, um rock com uma pegada mais atual, How You Like Me Now, um soul que faria qualquer fã de James Brown ter um orgasmo, e No Time, um rock com uma bela pitada de funk.
Com o terceiro álbum, The Glorious Dead, de 2012, é possível perceber uma atenção ainda maior ao acabamento e os arranjos das composições. No geral, o álbum impressiona um pouco menos. No entanto, pérolas como What Makes a Good Man e Same Ol’ são, provavelmente, as duas melhores composições da banda. O álbum ainda tem Don’t Say Nothing, que impressiona bastante.
Pra você que gosta de clássicos repletos de personalidade e, infelizmente, suas bandas prediletas terminaram, The Heavy merece uma audição cuidadosa. Totalmente recomendado!