Texto por Rômulo Konzen e fotos generosamente cedidas por Glauco Malta.

 

 

Em uma sexta-feira fria de junho aqui em Porto Alegre, tive o prazer de assistir uma constelação de estrelas do rock gaúcho, das quais sou grande fã há anos, intitulada para a ocasião como "Os Últimos Românticos do Sul do Mundo", formado por Gustavo Kaly, Wander Wildney, Frank Jorge e Pata de Elefante. 

 

Foi no dia 26, as 22h que sobe ao palco do Bar Opinião, Gustavo Kaly, o primeiro de muitos que fariam parte daquela festa. Conheci Gustavo Kaly anos atrás quando o mesmo fazia parte do conjunto Os Últimos Românticos da Rua Augusta (banda quase homonima ao festival em questão). Foi amor à primeira vista com as composições do rapaz. Logo adentrei na carreira solo, que na época consistia em apenas um disco e desde então o acompanho de perto. É sempre um prazer imenso poder assistir ao Kaly, são raras as vezes que se apresenta por aqui, mas sempre é uma chuva de emoções no meu coraçãozinho.

 

Foi um show intimista, apenas de voz e guitarra, acompanhado pelo Gabriel Guedes (Pata de Elefante), mas que contou com diversas das minhas músicas favoritas e ainda algumas que ficaram conhecidas na voz do Wander Wildner, parceiro de composição de longa data. Foi sem dúvida o show que mais me empolgou, principalmente pela raridade do acontecimento.

 

Ainda durante as últimas músicas do Kaly, Wander Wildner entra no palco para cantar junto algumas músicas e ali já fica, como uma passada de pastão, o show do Wander começa. Infileirando músicas novas e clássicas, numa mistura muito bacana para quem quer conhecer sua carreira e para quem já é fã. Foi a apresentação onde vi o público mais animado. Acredito ser o mais esperado da noite.

 

 

Então chega a vez de Frank Jorge, acompanhado de um naipe de sopros, trazendo toda uma elegância para aquela noite. Frank fez o show que mais me surpreendeu. Ainda não havia tido a oportunidade de ve-lô com carreira solo, e foi um extase ouvir suas músicas pela primeira vez ao vivo e algumas versões maravilhosas de Los Hermanos e Roberto Carlos. Frank Jorge é puro luxo.

 

 

Encerramos a noite divertidíssima e animada com a Pata de Elefante, o que a meu ver foi um erro, pois o público acabou dispersando um pouco por se tratar de uma banda instrumental. O que é algo triste, o som que a Pata faz é de altissima qualidade, empolgante demais e tráz todo um clima hard/psicodélico maravilhoso para embalar o final da noite. 

 

Posso garantir que Os Últimos Românticos do Sul do Mundo deram uma revigorada em todos que os assistiram e deixaram a noite muito mais quente.