Texto por Rômulo Konzen.

 

(Foto meramente ilustrativa. De outro show em outra turnê.)

 

Na última sexta-feira, dia 02/09, tive o prazer de assistir ao meu oitavo show do Humberto Gessinger, segundo que assisto desta turnê do álbum "Não Vejo a Hora" lançado em meio a pandemia. E apesar de ser um pouco suspeito quando o assunto é Humberto ou Engenheiros do Hawaii, nunca me arrependo de ir em suas apresentações, apesar de serem todas muito parecidas.

 

Gessinger continua sua turnê com dois trios, um plugado e outro acústico, o que dá uma dinamica muito bacana. Em determinado momento o trio acústico assume e rola um bloco com algumas canções, acompanhadas com acordeon e baixo. Vale destacar também, que não lembro de ter visto Humberto tão a vontade no palco, exalava alegria e diversão ao se movimentar de um lado para o outro e nas poucas interações com a plateia (costume já do tímido vocalista).

 

Alias, não canso de me surpreender com o quanto Humberto tem público em Porto Alegre. Sendo sua cidade natal e moradia, frequentemente se apresenta por aqui, inclusive em locais intimistas e pequenos. Mesmo assim, tivemos um Araújo Viana lotado, apesar de um público um pouco inquieto.

 

Normalmente em shows de teatro, onde as pessoas assistem sentadas, os músicos tem um certo desafio para animar a audiência e faze-los levantar de suas cadeiras. Porém, uma vez que isso acontece, tende-se a permanecer assim até o final da apresentação. Coisa que não aconteceu. Alegrei-me ao ver que já na segunda canção dois terços do público já estava em pé dançando, porém no decorrer da noite me senti em uma missa católica, um senta/levanta sem fim, onde as baladas faziam as pessoas descansarem e no primeiro acorde de um hit mais animado todos levantavam. Ignorando tal peculiariadade, a plateia estava animada e bem participativa.

 

Outro fator que me chamou atenção foi o setlist. Não costuma ter grandes novidades de um show para o outro, ainda mais quando se trata de uma mesma turnê, porém não lembro de uma seleção de músicas tão certeira. Pode ser a memória me pregando uma peça, mas acredito que este show foi o que mais teve sucessos da carreira do Engenheiros do Hawaii. Algumas delas foram "Terra de Gigantes", "Perfeita Simetria", "Pra Ser Sincero", "Infinita Highway", "Toda Forma de Poder", "3×4", "Eu Que Não Amo Você", "Ando Só" e mais um punhado, entre elas belíssimas canções da carreira solo.

 

Termino essa resenha ansioso pelo meu 9º show do alemão.