Por Daniel Ribeiro.

Continuando a série de texto sobre bandas que estarão presentes ou já deixaram sua marca no festival que terá mais uma edição no mês de Setembro de 2017, hoje daremos a dica de algumas músicas para conhecer o duo Britânico Tears for Fears, que se apresentará dia 22 de Setembro na Cidade do Rock.

É difícil imaginar outro grupo da música Pop que produziu tantos sucessos num período tão curto de tempo. Entre 1983 e 1985, Roland Orzabal e Curt Smith tiveram pelo menos três músicas (até mais, dependendo do seu ponto de vista) que estão enraizadas na memória da música pop e são aclamadas mais de 3 décadas depois. Se você considerar que elas foram feitas por 2 caras da desconhecida cidade de Bath, no sudoeste Britânico, ainda se torna mais impressionante.

A banda lançou 6 álbuns de estúdio e 30 singles ao longo de sua carreira, desde 1981, tendo seu apogeu na mesma década, no lançamento de uma trinca de discos maravilhosos, que foram platina em vários países ao redor do mundo: The Hurting, Songs from the Big Chair e The Seeds of Love. São desses 3 discos que virá a maioria das músicas da nossa lista, e não porque os outros materiais da banda não são bons, mas porque esses são realmente discos memoráveis.

Vamos tentar escolher algumas músicas que representem o que foi (e ainda é) esse maravilhoso duo britânico.

11) Shout (Songs from the Big Chair, 1985)

10) Break it Down Again (Elemental, 1993)

9) Change (The Hurting, 1983)

8) Pale Shelter (The Hurting, 1983)

7) I Believe (Songs from the Big Chair, 1985)

6) Sowing the Seeds of Love (The Seeds of Love, 1989)

5) Advice for the Young at Heart (The Seeds of Love, 1989)

Esse foi o terceiro single do disco, e essa fofa e bela canção de amor teve no seu clipe (e na combinação com a música #2 da nossa lista) a razão pelo qual a popularidade da banda com as garotas universitárias chegasse ao seu auge. Orzabal e Smith já eram “crushs” (termo ridículo que não existia na época, ainda bem) das menininhas na época, mas essa música cimentou seu status no início da década de 1990, afinal de contas, o amor vende.

4) Head Over Heels (Songs from the Big Chair, 1985)

Falando sobre status da banda, quando essa música tocava na MTV em meados dos anos 1980, todo mundo corria para a frente do aparelho de televisão para ouvir o jingle de abertura. Orzabal manipulou os vocais principais, e o romantismo da letra (combinado com as imagens do vídeo) derretiam a audiência, da melhor maneira possível. Não havia nada de brega sobre o sentimento que expressavam nessa música, e por isso ela atingiu o número #3 nas paradas americanas.

3) Mad World (The Hurting, 1983)

Se alguém me falasse que acha essa, a melhor música da banda, eu discordaria concordando. Mesmo depois de quase 35 anos, ainda é uma música incrível de se ouvir. Deixando todos os covers que essa música teve de lado, eu prefiro a versão original, seu ritmo é perfeito em combinação com a letra da música e o sentimento que ela quer passar. Esse foi o primeiro grande hit da banda no Reino Unido, chegando ao #3, e o tratamento vocal que Smith dá à canção é perfeito para a sensibilidade que ela quer apresentar ao público. Ainda hoje é de um brilho fantástico.

2) Woman in Chains (The Seeds of Love, 1989)

É uma pena que essa música incrível não tenha conseguido melhores posições nos rankings quando foi lançada (só atingiu a 36ª posição nos EUA), mas era uma música bem à frente do seu tempo. A composição apresenta Oleta Adams em um dueto com Orzabal, cantando palavras que se encaixariam perfeitamente na nossa sociedade atual, infelizmente. Uma curiosidade, é que o Phill Collins tocou a bateria na gravação original de estúdio dessa música. Quem sabia dessa?

1) Everybody Wants to Rule the World (Songs from the Big Chair, 1985)

Qualquer um de nós, crianças dos anos 80, consegue cantarolar essa música perfeitamente, mesmo sem saber a letra. Muito se deve ao divertido filme “Academia de Gênios”, com o jovem Val Kilmer, e a clássica cena de todos se jogando numa pilha de pipoca. Bom, tirando a memória afetiva, essa música é uma daquelas raridades da arte que combinam um lirismo brilhante com melodias dinâmicas para resultar em algo especial, inesquecível. No final das contas, ao contrário do que diz a letra da música, algumas coisas duram sim, pra sempre, e esses sucessos dos Tears for Fears são o melhor exemplo disso.