Texto por Daniel Iserhard.

 

WorldWired Tour é o nome da turnê dessa gigantesca banda chamada Metallica. 

 

Ontem, na FIERGS, tivemos uma das bandas mais profissionais e um dos piores ambientes pra se assistir um show. Problemas com qualidade de áudio e um trânsito caótico na região fizeram com que muitas pessoas chegassem atrasadas inclusive ao show principal.

 

Nós, que faríamos a cobertura e alugamos uma van, demoramos DUAS MALDITAS HORAS E MEIA para percorrer 18 quilômetros. Dessa forma, não conseguimos acompanhar a banda da Ego Kill Talent, uma bacana banda nacional.

 

Mas, pelo menos, chegamos a tempo de pegar quase todo o show dos GAROTOS do Greta Van Fleet. Fato é que eles tentam agora se distanciar um pouco mais do Led Zeppelin e mostram um trabalho musical muito bem feito no palco (mas a tela de fundo era uma imagem com diversos símbolos, lembrando vocês sabem quem). Diversas pessoas foram lá vê-los e inclusive fãs de Metallica estavam batendo o pezinho e remexendo ao som dos piás. Eles inegavelmente fazem um som redondo ao vivo e por isso merecem os aplausos.

 

Com 10 minutos de atraso começou o show do Metallica que foi, como era de se esperar, um show extremamente profissional, cronometrado e cheio de fogos de artifício e chamas flamejantes que esquentavam o público que já começava a sentir frio. Talvez a necessidade de pirotecnia seja para encobrir o excesso de profissionalismo e falta de interação da banda com o público, que é o que quem vai em show gostaria de ver, normalmente.

 

Do ponto de vista musical, é o Metallica de sempre: James cantando muito enquanto o Lars segue sendo ele mesmo. A banda escolheu um belíssimo set list, principalmente pros fãs que acompanham e gostam da carreira toda. Os nossos queridos truzões nunca gostarão de mais de ⅓ do do show.

 

Whiplash

Ride the Lightning

Harvester of Sorrow

Seek & Destroy

No Remorse

One

Sad but True

Moth Into Flame

The Unforgiven

For Whom the Bell Tolls

Fuel

Welcome Home (Sanitarium)

Master of Puppets

 

BIS

Blackened

Nothing Else Matters

Enter Sandman


 

Dos mais recentes discos do Metallica, tivemos Moth Into Flame (sim, as chamas acenderam), do Hardwired…to Self-Destruct e que já provou ter virado um clássico da banda e muito bacana ao vivo.

 

O bis, como mostra o set list, foi espetacular, com a música mais famosa deles, Enter Sandman, momento em que o público realmente participou do show, o que não aconteceu muito fora da zona da cusparada.

 

Com o show terminado e alguém da banda indo falar alguma coisa ininteligível enquanto o público abandonava o local, veio o desespero de voltar em meio ao caos e aguardar mais de uma hora para poder voltar pra casa.

 

A conclusão é que Metallica sempre é um show redondo e que vale a pena pra quem ama a banda ou nunca os viu ao vivo. Quem espera interação e empolgação, talvez seja melhor procurar outra banda.