Texto por Rômulo Konzen e fotos por Natália Winter.
Ontem, dia 11/05 aconteceram os dois últimos shows da versão gaúcha do Maximus Festival (que acontecerá em São Paulo neste final de semana), e assistimos aos shows do Red Fang e do Slayer.
Apesar de conhecer o Red Fang desde 2012, a banda nunca me chamou atenção além de seus clipes divertidos e criativos. Acho o som deles um Stoner Rock meio genérico e pouco inspirado. Mas o que falta de inspiração no estúdio sobra de tesão no palco. O quarteto fez um show curto, de aproximadamente 1h, mas entregou tudo de si. Apesar do público estar morno e respondendo pouco (provavelmente por não conhecerem a banda), os caras tocaram como se não houvesse amanhã. Era visível a gana e empolgação dos músicos por estarem abrindo para o Slayer em um Pepsi on Stage lotado.
Diferente da noite anterior, onde Ghost e Rob Zombie tocaram para um público pequeno, desta vez a casa se encontrava abarrotada de fãs de diversas idades, a maioria trajando camisetas do Slayer e emocionadíssimos por estarem ali. Pude ouvir um rapaz desabafando a um amigo "esperei 30 anos por isso!".
E a emoção dos fãs traspareceu logo na primeira nota tocada pelo Slayer, que nunca havia se apresentado em Porto Alegre até então. Quem conhece a banda sabe que o grupo é consistente e não tem muita firula. São musicos excelentes, praticamente parados no palco descendo a porrada em seus instrumentos do início ao fim. O grande destaque da noite foi sem dúvida a plateia.
Envolto pelo clima que a banda proporciona com fumaça dominando o palco durante toda a noite e suas músicas pesadíssimas, pude presenciar uma das coisas mais lindas que já vi em um show de rock. Milhares de pessoas pulando e cantando juntas durante todas as 20 músicas. Mesmo não sendo o maior apreciador do som da banda, não consegui manter o papel de observador e me entreguei ao show, entrando na roda punk mais libertadora e divertida de minha vida. Recomendo fortemente a todos que tiverem a oportunidade, que não percam uma roda de um show do Slayer.
Corroborando com tudo que venho dizendo até aqui, Natália Winter (a fotógrafa), que costuma ficar nervosa com esse tipo de som, estava dançando e batendo cabeça durante o show todo como eu nunca havia visto. Ou seja, a apresentação do Slayer transcende a admiração dos fãs e atinge todas as pessoas que estiverem dispostas e se divertir e extravasar suas tensões do dia-a-dia.
Mais do que um show, foi uma terapia.
SETLIST SLAYER:
1 – Repentless
2 – The Antichrist
3 – Disciple
4 – Postmortem
5 – Hate Worldwide
6 – War Ensemble
7 – When the Stillness Comes
8 – You Against You
9 – Die by the Sword
10 – Chemical Warfare
11 – Dead Skin Mask
12 – Captor of Sin
13 – Mandatory Suicide
14 – Fight Till Death
15 – Seasons in the Abyss
16 – Hell Awaits
17 – South of Heaven
BIS
18 – Raining Blood
19 – Black Magic
20 – Angel of Death