Texto por Daniel Iserhard e fotos por Rômulo Konzen.

Finalmente um show num sábado. Pra alegria geral e deste que vos escreve, não precisamos nos preocupar em como estaríamos no outro dia.

E foi, de novo, no Opinião, aqui em Porto Alegre. Glenn Hughes, um ex integrante do Deep Purple que muita gente não conhece (eu conhecia quase zero coisas) mas que mostrou porque tá aí até hoje.

O cara que já tocou em pequenas bandas como Deep Purple e Black Sabbath, ainda que discretamente às vezes e em fases nem tão áureas. No Purple, que é o que interessa aqui, foi convocado para ser baixista no lugar do Roger Glover, embora ele mesmo se considere muita mais um vocalista. O motivo ficou bem claro no show: O homem alcança agudos que pouca gente com muito menos idade que ele (65 anos) consegue fazer. É realmente impressionante o que ele faz com a voz. A quantidade de cabelo também ajuda a enganar a idade, muito embora hoje ele pareça um experimento genético entre Ozzy, Geddy Lee e Maria Bethânia.

O show começou pontualmente 15 minutos atrasado, às 20:15. O set list era curtíssimo, contando com apenas 11 músicas. O que fez ele durar quase 2 horas foram momentos de extrema enrolação, com solos e jams bem desnecessários.

A parte boa é que quase metade do set foi composto por pérolas do Deep Purple, como: Stormbringer, Mistreated, Smoke On The Water, Highway Star e Burn.

Qualquer fã da banda e que gosta de um vocal bem cantado saiu satisfeito desse show. Um excelente vocalista que, infelizmente foi muito subaproveitado durante a vida.

O set foi esse:

*Stormbringer

*Might Just Take Your Life

*Sail Away

*Mistreated

*You Fool No One

*This Time Around

*Gettin' Tighter

*Smoke on the Water / Georgia on My Mind

*You Keep On Moving

*Highway Star

*Burn