Por Douglas Renner.

BlackSabbath13

Prezados leitores, do melhor site de rock e heavy metal das galáxias, de todos os tempos e de todos os universos, coloco aqui, minha opinião sobre o tão esperado álbum 13, do Black Sabbath.

A boataria começou em 2011, após o falecimento de Ronnie James Dio, acabando com o projeto Heaven and Hell, (nome que o Sabbath usava com este vocalista, devido ao processo movido por Sharon Osbourne), após esse trágico acontecimento, começaram a surgir rumores do retorno de Ozzy aos vocais, alimentando o sonho da reunião com o restante do grupo.

Entre os contatos dos membros da banda e a produção do álbum, aconteceram muitas coisas, como a saída do baterista Bill Ward, o câncer de Tony Iommi, a escolha dos produtores, enfim, felizmente o disco saiu, e aqui vamos discorrer sobre as faixas.

A faixa de abertura “End of the beginning” define a forma de participação de Ozzy para o álbum, não teremos muitos agudos, predominando uma sonoridade sóbria, sem vocais “riffados” ou riffs “cantados”. Tony Iommi manda um riff pesado e lento, que por vezes lembra a sonoridade do “Master of Reality”. Este foi o segundo single do álbum, tocado pela primeira vez durante o último episódio da 13ª temporada do CSI, onde a banda fez uma participação especial.

God is Dead? continua, com a mesma “levada” da primeira faixa, aqui destaco a presença do baterista Brad Wilk, o qual teve a árdua missão de substituir o batera original da banda. A baquetas são mais presentes, o baixo e a guitarra são mais rápidos, estrategicamente mais lentos quando há o vocal do príncipe das trevas. Há uma certa polêmica nesta faixa, principalmente devido ao conteúdo religioso da sua letra, algo típico da banda. A evolução da música, com diversas variações de Butler, o solo de Iommi e o vocal mesclando clássico e atual de Ozzy, resultam numa faixa comprida, mas muito interessante. Este foi o primeiro single do álbum, lançado em 15 de maio de 2013.

Uma intro perfeita, um riff pegajoso, um vocal fácil, essa é Loner, a qual parece ter sido feita sob encomenda para os fãs da primeira fase do Black Sabbath. Mais uma vez, o solo de Iommi é destaque, este encerra a terceira faixa com perfeição .

Em Zeitgeist, temos uma sonoridade que aproxima a faixa de uma “balada”, um violão, percussão lenta, vocais distorcidos e um solo simples. Na quarta música do 13, não temos meio termo, ou você gosta de ouvir uma música menos intensa, ou odeia, por querer algo mais próximo do heavy metal clássico da banda.

Na quinta música do álbum, retornamos com uma pegada parecida com os últimos álbuns solo de Ozzy Osbourne, a marca que diferencia ele é exatamente a presença de Iommi, que não nos deixa esquecer que o 13 é da banda. Em alguns momentos, especificamente a partir da metade da faixa, tenho a sensação de que a banda está fazendo um som que remete ao rock progressivo, e dos bons, com Geezer Butler impregnando sua marca com um baixo forte e constante.

Live Forever, por vezes lembra a fase oitentista do Sabbath, principalmente pelo riff que remete a Zero the Hero do clássico Born Again, particularmente aqui, penso que os vocais não ficaram a altura do instrumental da faixa, talvez um riff cantado se encaixasse melhor com a guitarra.

Em Damaged Soul, temos a fórmula adotada para esse disco do Sabbath, não há a virtuosidade e velocidade instrumental, nem o vigor e a vivacidade dos vocais, mas a presença de um heavy metal moderno, com uma letra narrando uma batalha entre o homem, Deus e Satanás, mais uma vez, típico da banda.

Querido padre encerra o 19º álbum de estúdio desse ícone do rock chamado Black Sabbath, em Dear Father, temos algo alcançado apenas em “Loner”, uma sonoridade mais clássica, com várias passagens que lembram os primeiros discos da banda. Talvez por ser a última faixa, temos um Ozzy mais ousado, principalmente da metade para o final, onde Iommi e Butler estão impecáveis.

Ainda tivemos lançamentos das faixas bônus Methademic, Piece of Mind e Pariah, as quais mantém a qualidade já registrada anteriormente.

No 13, que possui este nome por causa do ano 2013 e porque o álbum teria 13 faixas, obtemos a amostra da evolução da banda, acompanhando as tendências atuais do gênero e finalmente o retorno de Ozzy ao Sabbath, algo que para muitos era algo impossível de acontecer.

O disco possui pequenas referências a sonoridade clássica dos anos 70 e 80 da banda, mesmo sem a dimensão esperada por muitos fãs xiitas, entretanto é inegável a qualidade resultante deste trabalho. A falta de Bill Ward deve ser destacada, todavia, o baterista contratado Brad Wilk mostrou competência, mesmo parecendo por vezes muito discreto. Enfim, vale a pena conferir este marco na história do heavy metal e da música, aproveite sem moderação!

Let’s play HEAVY METAL!